“Faça acontecer, que eu faço valer apena...”
Foi
essa frase clichê que ele me disse quando eu estava em aflição sem saber como
poderíamos nos encontrar.
637,7
KM: essa era a distancia
dos nossos corpos, mas nossos corações estavam cada vez mais próximos.
A única
coisa alem dos nossos sentimentos que nos fazia sentir mais perto um do outro,
era a internet e, às vezes, o telefone. Passávamos horas conversado, nos vendo
pela web, à noite, mais horas pendurados no telefone. 24 horas no dia não eram
suficientes, nos ver pessoalmente era um dos milhares de planos que tínhamos
então um céu obscuro cobriu a nossa historia.
Uma historia
sem alguém para tentar estragar tudo costuma não ter graça aos olhos dos
leitores, porem, para quem esta vivendo debaixo de um céu totalmente
amedrontador não consegue achar um pingo de graça nisso, na minha historia de
amor também teve um dedinho sujo tentando atrapalhar tudo.
Era um dia
como qualquer outro, era o que eu pensava, cheguei feliz da vida em casa doida
para ligar logo para ele, quando dou de cara com meus pais, com a cara
suspeita; meus pais me colocaram na parede sobre eu estar me relacionando pela
internet com um estranho, alguém (que eu sei quem é) falou para meus pais que
eu estava namorando pela internet com um menino com atitudes e estilo suspeitos
(isso estou generalizando). Assim, a fim de me separar dessa pessoa, meus pais
tiraram a internet de casa, e como um ano novo havia chegado eu não precisava
mais trabalhar, as férias chegaram então para eu esquecer de vez um amor tão
terrível (aos olhos dos meus pais) eles me levaram para viajar por quase um
mês, sem celular, sem internet, sem ter como me comunicar com ele. Entre nos só
existia uma promessa: vamos dar um jeito de nos
encontrar.
Minha viajem
não foi nada agradável, aquele grande mar em minha frente não aliviava a
frustração dentro de mim, e o medo era quase enlouquecedor, eu tinha medo e
pensava: e se ele esquecer de mim? E se ele não me quiser mais? Esses foram os
dias mais compridos da minha vida.
Eu estava na
cidade de Natal quando, passei juntamente dos meus pais de carro em frente a uma Lan Hause, eu implorei muito
para que meus pais deixassem eu entrar, nem que fosse por 10 minutinhos, depois
de muito insistir eles permitiram. Yes!
Mas para
minha aflição, ele não estava, o Messenger dele estava online. Mas ele estava
ausente, entrando no orkut fiquei sabendo das boas novas por ele, que nesse
meio tempo de viajem ele havia mudado para uma cidade mas próxima, Tangara da
Serra, tudo isso para ficar mais próximo (só que não tanto assim), e que estava
a me esperar, tudo isso aqueceu meu coração e foi suficiente para recarregar
minha bateria e eu ter o restante das férias razoáveis.
Quando
voltamos de férias, continuávamos sem internet em casa e essa tortura ia durar
por um bom tempo, voltei à rotina. Volta e meia eu tinha que ir trabalhar, mas
quando as aulas começaram eu quase nunca ia trabalhar.
Mas como não
sou boba nem nada, mesmo sem internet em casa eu sempre dava meu jeitinho
brasileiro de conseguir falar com ele, a nossa aflição do momento quando ele
poderia vir me ver mesmo ele morando em uma cidade tão perto, o trabalho não o
permitia vir me ver, e eu queria vê-lo, eu queria estar cara a cara com ele, eu
tinha que sentir esse amor real aqui e agora, às vezes eu ficava tão frustrada,
que chorava todos os dias. Às vezes fazia planos mirabolantes de eu mesma ir
lá, às vezes eu sentia vontade de terminar e jogava a culpa nele, dizia que ele
não estava fazendo esforço algum em vir me ver.
Estava
tão aflita, que meio que já havia desistido da ideia dele vir me ver e fui
dormir, então era de madrugada e meu celular estava tocando, era ele, atendi
correndo.
-Alo!
-
O que você vai fazer amanhã?
-
Amanhã?
- ah é mesmo, hoje o que você vai fazer?
-
Por que?
-Por
que eu quero te ver...
Com
essa frase zumbindo nos meus ouvidos... não consegui dormir mais....
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