Endless Story 3 – Entre razões e emoções




“Faça acontecer, que eu faço valer apena...”

Foi essa frase clichê que ele me disse quando eu estava em aflição sem saber como poderíamos nos encontrar.

637,7 KM: essa era a distancia dos nossos corpos, mas nossos corações estavam cada vez mais próximos.
A única coisa alem dos nossos sentimentos que nos fazia sentir mais perto um do outro, era a internet e, às vezes, o telefone. Passávamos horas conversado, nos vendo pela web, à noite, mais horas pendurados no telefone. 24 horas no dia não eram suficientes, nos ver pessoalmente era um dos milhares de planos que tínhamos então um céu obscuro cobriu a nossa historia.
Uma historia sem alguém para tentar estragar tudo costuma não ter graça aos olhos dos leitores, porem, para quem esta vivendo debaixo de um céu totalmente amedrontador não consegue achar um pingo de graça nisso, na minha historia de amor também teve um dedinho sujo tentando atrapalhar tudo.
Era um dia como qualquer outro, era o que eu pensava, cheguei feliz da vida em casa doida para ligar logo para ele, quando dou de cara com meus pais, com a cara suspeita; meus pais me colocaram na parede sobre eu estar me relacionando pela internet com um estranho, alguém (que eu sei quem é) falou para meus pais que eu estava namorando pela internet com um menino com atitudes e estilo suspeitos (isso estou generalizando). Assim, a fim de me separar dessa pessoa, meus pais tiraram a internet de casa, e como um ano novo havia chegado eu não precisava mais trabalhar, as férias chegaram então para eu esquecer de vez um amor tão terrível (aos olhos dos meus pais) eles me levaram para viajar por quase um mês, sem celular, sem internet, sem ter como me comunicar com ele. Entre nos só existia uma promessa: vamos dar um jeito de nos encontrar.
Minha viajem não foi nada agradável, aquele grande mar em minha frente não aliviava a frustração dentro de mim, e o medo era quase enlouquecedor, eu tinha medo e pensava: e se ele esquecer de mim? E se ele não me quiser mais? Esses foram os dias mais compridos da minha vida.
Eu estava na cidade de Natal quando, passei juntamente dos meus pais de carro  em frente a uma Lan Hause, eu implorei muito para que meus pais deixassem eu entrar, nem que fosse por 10 minutinhos, depois de muito insistir eles permitiram. Yes!
Mas para minha aflição, ele não estava, o Messenger dele estava online. Mas ele estava ausente, entrando no orkut fiquei sabendo das boas novas por ele, que nesse meio tempo de viajem ele havia mudado para uma cidade mas próxima, Tangara da Serra, tudo isso para ficar mais próximo (só que não tanto assim), e que estava a me esperar, tudo isso aqueceu meu coração e foi suficiente para recarregar minha bateria e eu ter o restante das férias razoáveis.
Quando voltamos de férias, continuávamos sem internet em casa e essa tortura ia durar por um bom tempo, voltei à rotina. Volta e meia eu tinha que ir trabalhar, mas quando as aulas começaram eu quase nunca ia trabalhar.
Mas como não sou boba nem nada, mesmo sem internet em casa eu sempre dava meu jeitinho brasileiro de conseguir falar com ele, a nossa aflição do momento quando ele poderia vir me ver mesmo ele morando em uma cidade tão perto, o trabalho não o permitia vir me ver, e eu queria vê-lo, eu queria estar cara a cara com ele, eu tinha que sentir esse amor real aqui e agora, às vezes eu ficava tão frustrada, que chorava todos os dias. Às vezes fazia planos mirabolantes de eu mesma ir lá, às vezes eu sentia vontade de terminar e jogava a culpa nele, dizia que ele não estava fazendo esforço algum em vir me ver.
Estava tão aflita, que meio que já havia desistido da ideia dele vir me ver e fui dormir, então era de madrugada e meu celular estava tocando, era ele, atendi correndo.

-Alo!
- O que você vai fazer amanhã?
- Amanhã?
- ah é mesmo, hoje o que você vai fazer?
- Por que?
-Por que eu quero te ver...



Com essa frase zumbindo nos meus ouvidos... não consegui dormir mais....


“O impossível e uma palavra muito grande que gente pequena usa para tentar nos oprimir” (Pregador Lu)

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